Vivemos em uma rotina cada vez mais conectada e a cada dia mais mergulhados em um mundo de tecnologia. Seja pela Internet, pela iluminação de casa, o uso da TV, dos eletrônicos e dos eletrodomésticos, estamos cada vez mais dependentes da geração de energia elétrica e isso não escapa do nosso bolso. Uma parte da nossa renda mensal tem um destino certo: a conta de luz.
Não importa se a sua residência ou comércio são próprios ou alugados, tudo o que você consome quando se trata de energia elétrica está sendo contabilizado e esse valor pode ter mais componentes do que você imagina!
Dá uma olhada em todos os custos que são considerados na sua conta de luz:
1 – Tarifa de energia (TE)
A Tarifa de Energia (TE) nada mais é do que o custo de aquisição da energia elétrica em leilões, que são repassados para a sua conta de luz. Isso mesmo, as empresas distribuidoras normalmente optam por essa modalidade de compra para garantir o suprimento energético em quantidade suficiente e atender a sua região.
2 – Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD)
A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) representa o custo de distribuição da energia, que também pode conter as despesas para operação e manutenção das redes. Além disso, também existem diversos encargos setoriais que podem ser incluídos nessa modalidade.
3 – Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST)
A Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) se aplica em casos de distribuição de energia elétrica a longas distâncias. Esse valor pode ser aplicado no valor mensal da conta de luz.
Atenção: a indicação por setas indica para onde vai o recurso mencionado (TUSD ou TUST).
4 – Perdas de insumo
Durante o processo de geração e entrega de energia, algumas possíveis perdas de insumo podem ocorrer nesse circuito. Elas podem ser categorizadas em dois tipos: perdas técnicas e não técnicas. As perdas técnicas são inerentes a qualquer circuito elétrico. Afinal, qualquer fio condutor possui resistência elétrica para transformar a passagem de corrente elétrica em calor. Assim, todos os consumidores pagam pelas perdas técnicas de energia ocasionadas pelo seu próprio consumo. Já as perdas não técnicas são resultados de furtos e medições irregulares. No Brasil, dependendo da área de concessão, as perdas não técnicas respondem por boa parte do custo da energia elétrica. Isso significa que os consumidores regulares pagam parte do consumo irregular de consumidores que se utilizam de práticas ilegais em sua conexão com a distribuidora.
5 – Encargos setoriais
Por fim, consideramos como encargos setoriais as contribuições instituídas por lei que constam nas tarifas de energia elétrica, mas que não significam impostos ou tributos. Tais valores são diversos e estabelecidos por resoluções ou despachos da Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL. Cada encargo visa a obter recursos e a financiar necessidades específicas do setor elétrico.
Vale enfatizar que é a própria ANEEL a responsável pela implantação/execução de cada encargo, calculando seu valor e retendo os recursos a eles destinados. A Tabela abaixo indica quais são os encargos setoriais da tarifa de energia elétrica e suas funções. Confira:
| Encargo | Para que serve? |
| CCC – Conta de Consumo de Combustíveis (extinto pela MP 579, com principais atribuições encampadas pela CDE) | Subsidiar a geração térmica dos sistemas isolados (principalmente na região norte). |
| RGR – Reserva Global de Reversão (extinto pela MP 579, com principais atribuições encampadas pela CDE) | Indenizar ativos vinculados à concessão e fomentar a expansão do Setor Elétrico. |
| TFSEE – Taxa de fiscalização de Serviços de E. Elétrica | Prover recursos para o funcionamento da ANEEL. |
| CDE – Conta de Desenvolvimento Energético | Propiciar o desenvolvimento energético a partir das fontes alternativas; prover a universalização do serviço de energia; e subsidiar a tarifa dos consumidores residenciais de baixa renda. |
| ESS – Encargos de Serviço do Sistema | Subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do SIN |
| PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas | Subsidiar as fontes alternativas de energia, em geral mais caras que as fontes convencionais |
| P&D – Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética | Promover pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas à eletricidade e ao uso sustentável dos recursos naturais. |
| ONS – Operador Nacional do Sistema | Prover recursos para o funcionamento do ONS |
| CFURH – Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídrico | Compensar financeiramente o uso da água e terras produtivas para fins de geração de energia elétrica |
E aí, você fazia ideia da diversidade de componentes que influenciam a nossa conta de luz? Podemos perceber que não é à toa que o Brasil representa um país com uma das energias mais caras do mundo.
Mas, graças à indústria e a tecnologia que permitem usar o Sol como fonte de energia elétrica, hoje já temos acesso a diversas alternativas para amenizar o custo desse consumo, como a instalação de painéis solares ou energia solar por assinatura.
Energia solar por assinatura, você já ouviu falar? Bom, nós sabemos que, nem sempre, é possível instalar painéis solares, seja pela falta de infraestrutura no telhado ou pelo imóvel que é alugado, mas aqui a gente te conta como você pode amenizar a sua conta de luz de forma simples e em poucos passos.
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